Às vezes eu acho que eu ando fazendo tudo errado. Tudo mesmo.
O imbecil é que num momento as coisas parecem ir tão bem e, no outro, eu estou péssima. E nem precisa acontecer nada de extraordinário para eu ficar assim. Eu consigo ficar realmente mal por lembrar de idiotices que aconteceram a milhares de anos.
[Para vocês terem uma idéia de como eu estou realmente atordoada, estou falando sobre sentimentos no meu blog.]
Venho já há algum tempo tentando entender porque algumas coisas não vão bem e admito que até tenho conseguido alguns avanços, mas tudo parece cair por terra e eu fico me sentido uma idiota completa assim que algo me faz entrar nesse estado estúpido em que eu estou. E o foda é que eu nem tenho com quem contar nessas horas, e não porque eu não tenha amigos ou coisas do gênero. Eu é que não sei falar sobre as coisas. Quer dizer, pode parecer estúpido, mas outro dia eu estava conversando com uma amiga e cheguei à conclusão que eu tenho a droga do dom da retórica. Isso foi detectado durante as atividades de fechamento da viagem de estudo do meio. Geralmente, o meu grupo não chegava a nenhuma conclusão muito incrível (não que a proposta desse margem a algo realmente genial, também), mas eu conseguia transformar uma coisa imbecil em uma página frente e verso de um texto repleto de palavras complicadas e construções de frase sofisticadas capaz de convencer qualquer ser humano, inclusive os meus professores, de que aquilo que ali estava escrito era revolucionário e genial.
Também cheguei à conclusão de que nos últimos tempos tenho tentado inconscientemente me transformar numa enciclopédia ambulante. Isso é ruim. Eu não preciso, neste momento, adquirir conteúdo e técnica. Eu já tenho o suficiente disso para o contexto atual. Eu preciso, sim, é me preocupar mais com realmente levar as coisas a fundo e, principalmente, descobrir o que eu de fato acho delas.
E eu preciso fazer outras doze mil coisas e isso me desanima.
O que é mais incrível é que eu penso que, embora muito lentamente, as coisas todas que têm acontecido e as pessoas todas que, saibam elas ou não, têm me ajudado em relação a isso têm representado alguma forma de avanço. Mas avanço em relação a que? Nem eu sei, pô.
E agora vamos postar essa porcaria mal-escrita. Afinal, é só um amontoado de letras. Quem disse que precisa fazer sentido?
Anônimo -
20:53