Atenção, muita atenção...
Sim, eu adulterei uma tirinha do Calvin.
Pois é, amigos! Hoje é aniversário da
senhora minha irmã. Ela faz 10 anos! DEZ! Duas mãos inteiras! Dois dígitos!
Hoje vamos fazer várias coisas legais em virtude das comemorações. Estamos apenas esperando a chegada do Calvin para que possamos dar início à maratona de divertimento.
E eu já dei meu presente - uma boneca de pano neguinha. Ela já tem até nome:
Clara. Não é ótimo?
Agora, algumas coisas fofinhas sobre o dia 9 de fevereiro de 1993.
Estávamos eu (no alto dos meus 6 anos recém-completados) e a minha mãe (com aquela barrigona) brincando de algum faz-de-conta, do tipo "eu sou a princesa e você é o príncipe". Minha mãe estava deitada no sofá e eram por volta de nove horas da manhã. De repente, minha mãe faz uma cara de espanto e me diz que a bolsa havia estourado! Minha mãe, então, ligou para o obstetra, que queria marcar uma consulta ao meio dia para vez a quantas andava o trabalho de parto. Minha mãe disse que não daria tempo e foi direto para a maternidade. Dito e feito - minha irmã nasceu pouco depois do meio-dia!
Meu pai fumava que nem um desgraçado na sala de espera, enquanto eu chupava um
Halls (o azul, se não me engano) e esperava pacientemente. Assim como eu, minha irmã nasceu de cesariana, um processo um tanto quanto delicado.
Enquanto eu chupava o
Halls, ficava pensando em como seria a minha irmã. Achava que ela viria já toda vestidinha, com um chocalho na mão, cabeluda, de olhos abertos e fazendo
gu-gu da-dá... "pobre eu", viu?
Minha irmã era MUITO grande. Ela nasceu com quase quatro quilos e meio e 52 centímetros, um absurdo assim, o que significa que ela estava deveras espremida lá dentro do útero da minha mãe. E a enfermeira fez o favor de trazê-la para o berçário e mostrá-la para mim assim que ela havia sido retirada de lá. Ela veio com um nenezão todo ensebado e amassado (e ainda por cima com cara de mau) no colo. Então aconteceu o diálogo a seguir:
Enfermeira: Olha só a sua irmã!
Eu: É
isso aí?
Passado o assombro inicial, eu fiquei toda empolgada e queria segurá-la a TODO custo. O problema é que eu era pequena, magrela (podem acreditar!) e meio estabanada, então ninguém queria me deixar segurar aquele SUPER nenê. Mas eu tanto insisti que me colocaram sentada na cama e - ploft! - colocaram a minha irmã no meu colo. Nesse momento ela ainda não tinha nome definido. Sabíamos que era Ana, mas não sabíamos Ana
o quê. Poderia ter sido Ana Paula, Ana Laura, Ana Cândida, Ana Áurea e outras coisas do gênero, mas acabaram por escolher Ana Cláudia (não encham). Voltando, lá estava eu com a Ana
alguma coisa no colo, rodeada por parentes preparados para se jogarem no chão e fazerem manobras incríveis caso eu deixasse o nenezão cair. Potz, ela era realmente pesada. Segurei-a por pouco tempo e depois desisti. Mas foi legal, de qualquer jeito.
Não me lembro de muitas coisas mais desse dia. Lembro que ganhei uma roupa azul com peixinhos da minha tia, que achou que eu ficaria com ciúmes porque minha irmã estaria ganhando vários presentes. Também lembro que eu comi TODO o arroz sem sal que foi servido para a minha mãe. Lembro que eu fiquei MUITO brava porque meu pai podia dormir na maternidade, com a minha mãe e a minha irmã, e eu não. Lembro que o adesivo da fralda da minha irmã estava pegando na pele dela e, por isso, ela não parava de chorar; e lembro que este problema foi prontamente resolvido.
De lá pra cá, aconteceram vários episódios engraçados, como o dia em que minha irmã, na época com um ano de idade, lambeu uma centopéia e me deixou com chilique pelo resto do dia (eca, eca)... e muitas outras coisas mais, boas e ruins.
Aliás, ela já não tem cara de brava. E nem é amassada. A gente briga pacas mas eu gosto dela.
PARABÉNS, ANA! TE AMO!
Anônimo -
01:04